
Desde 1977
A Torcida Os Fanáticos (TOF) é a principal torcida organizada do Clube Atlético Paranaense. Fundada em 24 de outubro de 1977 por um grupo de jovens torcedores apaixonados pelo Furacão, a Fanáticos cresceu, conquistou a admiração de toda a nação rubro-negra e se tornou uma referência. A torcida é responsável por entoar os gritos de guerra nos estádios e acompanha o Athletico em todas as partidas do clube. Suas faixas, caveiras e a bateria são fundamentais para deixar a festa mais bonita e empurrar o time rumo às conquistas.
A Fanáticos surgiu no final da década de 70, após a extinção do ETA (Esquadrão da Torcida Atleticana). Na época, a maior torcida atleticana era a Torcida Independente Atleticana (TIA). Marcos Mattos, Nelson Rosário, Francisco Gonzaga da Silva, Mauro de Sá Merlin, Zig e José Carlos Belotto foram pessoas importantes na história da fundação da Fanáticos. A estréia da torcida foi no dia 24 de outubro de 1977, num jogo contra o Brasília, no Estádio Couto Pereira. A primeira faixa da Fanáticos era inteira preta com o nome da torcida escrito em branco. Naquela mesma partida, coincidentemente, a Torcida Jovem também fez sua estréia, exibindo uma bandeira vermelha com o nome da torcida escrito em preto. Bastou uma rápida conversa com os componentes das facções para que a união fosse aceita. Com a junção das forças e a soma dos materiais, ali nascia a torcida que é um dos maiores orgulhos atleticanos.
No início, houve muitas dificuldades. Mas graças ao apoio de atleticanos ilustres e do próprio clube, os responsáveis pela torcida conseguiram fazer da Fanáticos a maior do sul do Brasil. A primeira charanga foi comprada em 1978 e o primeiro instrumento musical do grupo foi uma azabumba (um surdo que fica pendurado no peito), doado por um componente da escola de samba "Sapolândia". Já a primeira camisa da Fanáticos era preta, com detalhes em vermelho e listras nos ombros, com o nome da torcida escrito nas costas. Aos poucos, mais pessoas começaram a integrar a torcida, que já nos três Atletibas da reta final do Campeonato Paranaense de 1978 ultrapassou o número de componentes da TIA.
Nas décadas seguintes, a Fanáticos cresceu ainda mais. Renato Sozzi assumiu a presidência em 1979 e comandou a torcida até 1994. Neste período, a TOF conquistou diversos concursos de bandeira mais bonita, ganhou uma sala ao lado do antigo Ginásio, estabeleceu parcerias com torcidas organizadas de outros clubes e acompanhou o Atlético em milhares de jogos em todo o Brasil e no exterior. Outros momentos marcantes foram a criação de músicas como a adaptação de Another brick in the wall, do Pink Floyd, a campanha para o retorno à Baixada e a eterna provocação aos coxas, como no histórico Atletiba em que a torcida lançou um porquinho no gramado do Couto Pereira.
Em 22 de maio de 1994 finalmente a "TOF" retornou a Baixada, no mesmo ano adquiriu o terreno onde encontra-se 22 de maio de 1994, estreou a nova Baixada. Ao mesmo tempo a "TOF" adquiriu o terreno onde se encontra a atual sede.
Em 1995, José Carlos Beletto assumiu a presidência da torcida, já sob o novo nome (Associação Recreativa Torcida Organizada Os Fanáticos) e com um estatuto. No ano seguinte, a Fanáticos inaugurou sua sede própria, na Rua Dr. Pedro Augusto Menna Barreto Monclaro, a poucas quadras da Baixada. As vendas de produtos oficiais da torcida aumentaram e a caveira da Fanáticos se tornou também um símbolo atleticano.
Em 20 de junho de 1999 a TOF retorna na já reformada Arena da Baixa, a nova arquitetura juntamente com a organização, energia e fanatismos da gigantesca torcida, criam uma sinergia sem precedentes, a torcida que já empurrava o time em qualquer estádio, passou a ser peça estratégica em conquistas históricas do Athletico-PR tais como o título da seletiva da libertadores em 1999, título Brasileiro de 2001, vice campeonato Brasileiro de 2004, vice campeonato da Libertadores da América 2005. Fora da arena a maior do sul fazia sua parte com as maiores carreatas e excursões feitas por torcedores paranaenses na história.
Ao final do mandato de Belotto, em 1999, a Fanáticos realizou pela primeira vez eleições. Julio César Sobota (Julião), assumiu a presidência, e Juliano Rodrigues (Suk), a vice-presidência, cargos que exerceram até dia 03 de abril de 2014.
No período entre 2006 à 2011 a torcida experimentou um crescimento absurdo com surgimentos de novos sócios e comandos, mas em 2012 foi colocada a prova, com Athletico-PR na série b do campeonato Brasileiro e jogando em um estádio com ampliação provisória (Estádio Janguito Malucelli), a torcida empurrou de maneira heroica o time rumo ao acesso.
Em 2013 em mais um ano fora da arena por conta da reforma para copa de 2014, a torcida transformou a Vila Capanema em um verdadeiro cadeirão ajudando o Rubro-negro a chegar em sua primeira final de Copa do Brasil, o ponto alto foi no segundo jogo da final, no dia 27 de novembro em um Maracanã lotado a TOF coordenou os 7 mil Atleticanos que calaram mais de 61 mil Flamengista.
Em 4 de Abril de 2014, a TOF passa a ter uma nova diretoria, Adilson Pereira (Thirso) é eleito o presidente e Luciano Castilho (Sapo) o vice-presidente.
Ainda em 2014 a TOF volta para a remodelada Arena da Baixada, tendo como local reservado o setor Buenos Aires inferior o mesmo fora batizado como setor "FAN". O setor teve sua capacidade esgotada, dai então foi criado um setor auxiliar que abrigaria o excedente, tratava-se do setor Coronel Dulcidio superior atrás do lado oposto ao que a torcida ocupava até então. Em outubro de 2017 a direção do Athletico resolve fazer 50% de reajuste no valor financeiro nos setores destinados a torcida.
Em 2018 viria o grande golpe em uma série de acordos com o ministério publico a direção do Athletico cria a torcida humanizada, a o projeto tinha como pauta central não caracterização de torcedores organizados e a não identificação de torcedores adversários, logo a bateria teve seu local deslocado para setor Coronel Dulcidio superior em desacordo a bateria Fanaticana assim como bandeiras e caveirão passaram a não estar mais presente em jogos do Furacão. Foram dias muitos difíceis com o torcedor comum clamando pela bateria, mas com garra a TOF fez ainda sim fazia a diferença.
A bateria só voltaria totalmente a Arena assim como os adereços e todo resto, quase no meio de 2019. Vale a pena frisar que a TOF foi elemento também fundamental como de costume nas conquistas recentes do Furacão fazendo o caldeirão ferver quando jogo era na Baixada e indo apoiar o time em lugares distantes como no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez em Banquilla na Colômbia pelo primeiro jogo da Final da Sul-americana em 2018, na J.League YBC Levain Cup/ Conmebol Sudamericana 2019 em Hiratsuka no Japão além do grande numero de torcedores no Beira Rio na final da Copa do Brasil 2019.